Atenção, abrir em uma nova janela. ImprimirE-mail

Saúde

 

 

Uma das grandes conquistas da humanidade foi a ampliação do tempo de vida, consequência da melhora substancial dos parâmetros de saúde das populações em geral, inclusive e particularmente da população brasileira que deverá apresentar, em 2025, a quinta maior proporção de idosos no mundo (OMS, 2002). A longevidade é uma aspiração natural de qualquer sociedade, mas não basta por si só. O impacto positivo somente é sentido quando se agrega qualidade aos anos adicionais de vida. Dessa forma, surge como um importante desafio para a Saúde Pública, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, a seguinte questão: como manter e/ou melhorar a qualidade de vida com o envelhecimento?

 

A resposta para essa questão pode estar na alimentação, já que constitui um fator primordial quando o assunto é envelhecimento tanto dos órgãos, quanto da pele. A aparência da pele pode variar dependendo de fatores, como a idade, sexo, clima, alimentação e saúde do indivíduo. Uma alimentação inadequada associada ao uso excessivo de bebidas alcoólicas, fumo, poluição, estresse, leva a um aumento na produção de radicais livres. O corpo se protege das agressões causadas pelos radicais livres com enzimas antioxidantes e através de nutrientes oriundos da alimentação.

 

A produção de radicais livres, os grandes vilões do envelhecimento, é reduzida quando são retirados da alimentação substâncias que aumentam a sua produção, como excesso de gordura saturada e trans, alimentos refinados, corantes e conservantes, presentes nos alimentos industrializados que são amplamente consumidos pela população.

 

A nutricionista Emília Yasuko Ishimoto, da Clínica Horibe, diz que a humanidade consolidou o aumento da expectativa de vida, mas para garantir qualidade de vida, falta conquistar algo muito mais complexo: longevidade com saúde. "Utilizar dos alimentos funcionais como estratégia para atingir esse objetivo é um excelente caminho, por proporcionar às pessoas mais qualidade de vida com saúde e como consequência mais juventude e beleza", afirma.

 

Emília Yasuko Ishimoto explica que alimento funcional é aquele que além de seu valor nutricional, apresenta benefícios sobre uma ou mais funções orgânicas.

 

Não há uma definição universalmente aceita para o termo "alimentos funcionais". De acordo com o American Dietetic Association (ADA, 1999), estes podem ser integrais, fortificados ou enriquecidos, desde que sejam potencialmente benéficos para a saúde, quando consumidos regularmente, em níveis efetivos e como parte de uma dieta variada.

 

Há uma tendência em se diferenciar o termo "alimento funcional" de "nutracêutico". A nutricionista esclarece que o nutracêutico é utilizado somente para suplementos contendo o ingrediente ativo do alimento, geralmente consumidos em quantidades superiores às obtidas em uma alimentação normal. "Esta diferenciação pode ser útil, já que o mercado de suplementos à base de substâncias alimentares bioativas (incluindo os antioxidantes, fitoterápicos e ergogênicos) está em franca expansão e atrai um número cada vez maior de consumidores", relata Emília.

 

A nutricionista diz ainda que os alimentos funcionais contêm níveis significativos de componentes ativos biologicamente que trazem benefícios à saúde, além da nutrição básica. "As pessoas precisam consumir uma variedade de alimentos, incluindo frutas, legumes, vegetais e grãos. Em cada produto, alimento, existe uma determinada substância que previne o envelhecimento", afirma.

 

O alimento funcional contém compostos bioativos, ou seja, os elementos que são capazes de atuar diretamente na prevenção e no tratamento de doenças, entre eles: os ácidos graxos ômega 3, as fibras solúveis, os antioxidantes e fitoesteróis. Entre as substâncias com alto poder antioxidante e consideradas excelentes aliadas na luta contra o envelhecimento estão os flavonóides e o ômega 3.

 

Em sua grande maioria, os compostos bioativos estão distribuídos entre as frutas, legumes, verduras, cereais, peixes de água fria, leite fermentado, entre outros. Eles são aproveitados no próprio consumo dos alimentos in natura ou então isolados e inseridos em outro produto, passando então a ser enriquecido com nutrientes. Deste processo surgem as cápsulas de fibras e aminoácidos, ácidos graxos (ômegas 3 e 6) e vitaminas, por exemplo. "É preciso avaliar até que ponto a utilização do alimento ou da substância na forma de suplemento pode realmente trazer benefícios", declara Emília.

 

Para a nutricionista, a dieta rica em alimentos funcionais deve estar presente desde a vida intra-uterina do indivíduo, acompanhando-o ao longo de sua vida. O consumo de ácido fólico durante a gestação, por exemplo, é essencial para a prevenção de defeitos do tubo neural, assim como uma dieta rica em fibras e antioxidantes e pobre em gordura saturada é primordial para a redução de riscos de doenças cardiovasculares.

 

 

 

Emília enfatiza que não somos só o que comemos, somos produto de uma diversidade de fatores, controláveis (dieta, atividade física, estresse) e não controláveis (genética, sexo, etnia etc). Por esta razão, todo o atendimento deve ser adequado às características individuais e indica o Programa Gestão da Idade, criado pelos cirurgiões plásticos Dra. Edith Horibe e Dr. Kose Horibe.

 

O Programa Gestão da Idade é baseado em 6 Pilares:

 1 - Bem-Estar mental e espiritual, através de técnicas e orientações da física quântica e meditação;

2 - Otimização hormonal - modulação com hormônios bioidênticos;

3 - Suplementação nutricional;

4 - Alimentação Antienvelhecimento com alimentos funcionais;

5 - Exercícios físicos regulares;

6 - Tratamentos estéticos.

 

"Entre os fatores determinantes da longevidade saudável a dieta ocupa, atualmente, uma posição de destaque. Cabe aos profissionais da área de alimentação e nutrição traduzir as evidências científicas em informações práticas, aplicáveis na alimentação habitual do consumidor, e úteis para o setor alimentício, a mídia e a saúde pública", finaliza a nutricionista.   

  

Emília Y. Ishimoto

Nutricionista - Doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU e Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS.

 Clínica Horibe

 

Endereço: Rua Afonso Brás, 525, cj. 61 - Vila Nova Conceição

Telefone: (11) 3842-0744

www.clinicahoribe.com.br