Saúde

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Osteoporose: um vilão silencioso
Ao contrário do que muitos pensam, a doença que enfraquece os ossos não atinge exclusivamente as mulheres

 
Cristina Thomaz


Idosos e mulheres na menopausa têm convivido com uma ameaça: a osteoporose, perda progressiva de massa óssea que resulta na fragilização dos ossos e multiplicação do risco de fraturas.

Os números da doença assustam: no Brasil, acredita-se que uma em cada 17 pessoas têm osteoporose. O que mais assusta, no entanto, não são apenas os números, mas sim, o fato de que a maioria dos casos não são nem detectados. “Cerca de 80% das pessoas com alto risco de fratura decorrente da doença, isto é, aquelas que já apresentaram pelo menos uma fratura prévia, nunca receberam qualquer tipo de orientação ou tratamento”, informa a reumatologista Elaine de Azevedo, Secretária-Geral da Sociedade Brasileira de Osteoporose.
 

A osteoporose não tem cura, mas assim como o diabetes e a hipertensão arterial, pode ser controlada. É mais freqüente em mulheres que entram na menopausa – existe uma relação direta entre o desenvolvimento da doença e a diminuição de hormônios. No entanto, homens acima de 60 anos também devem preocupar-se. “Alguns hábitos, como beber e fumar, doenças hormonais e uso contínuo de medicamentos à base de cortisona podem interferir na qualidade dos ossos”, explica Elaine.

Fatores genéticos também podem levar uma pessoa a desenvolver a doença. “As características de resistência dos ossos são herdadas dos nossos pais. Sendo assim, para alguém que tem predisposição para a doença, é importante manter uma alimentação saudável e rica em cálcio, evitar fumo e bebida alcoólica e praticar exercícios”, completa a reumatologista.

O tratamento, tanto para homens como para mulheres, é igual: corrigir os hábitos inadequados (fumo e bebida); manter uma dieta rica em cálcio, praticar atividade física e, conforme o caso, fazer uso de medicamentos específicos.

Mal silencioso

Uma questão grave relacionada à osteoporose é a ausência de sintomas. “Até que surjam as fraturas, a pessoa nem imagina que está com o problema”, alerta Elaine.
Este é o caso do aposentado João Pedro Alves, de 65 anos. Ele descobriu que sofria de osteoporose por meio de exames preventivos. “Eu tive um problema no pulmão e tomei corticóides por muito tempo. Isto desencadeou a osteoporose”.

Alves faz tratamento há dois anos para controlar a doença. A cada três meses, submete-se a uma rotina de exames para certificar-se de que a patologia não evoluiu. A vida do aposentado é normal. “Tomo cálcio para repor a perda, mantenho uma alimentação equilibrada e caminho 11 quilômetros por dia”, orgulha-se. “Mas sei que isto só foi possível porque descobri a doença no início”.

Mantendo a qualidade de vida

Para o ortopedista Mauricio de Moraes, do Hospital São Luiz, os idosos que convivem com a osteoporose, mais do que manter um estilo de vida saudável – aumentar a ingestão de cálcio, evitar o álcool e fumo e praticar exercícios físicos – precisam tomar cuidados extras. “Não é necessário colocar-se como frágil e dependente, apenas é necessário aprender a conviver com algumas limitações”, argumenta.

O mais urgente é evitar quedas. “Use calçados com sola de borracha, nunca os escorregadios; evite andar de meias ou chinelos e procure apoio de bengala ou andador quando for preciso aumentar a estabilidade da marcha”, avisa. O ortopedista vai além. “Redobre cuidados com pisos lisos, muito polidos e molhados”.

Em casa, o ortopedista recomenda alguns “ajustes” também para evitar quedas e, possivelmente, fraturas – segundo ele, as mais comuns são de quadril, coluna e punho. No banheiro, a recomendação é instalar barras de apoio nas paredes do banheiro e colocar tapete de borracha no chuveiro ou na banheira.

As escadas, na opinião de Moraes, devem ter vãos leves e corrimãos. Nos corredores, luzes de orientação para auxiliar a locomoção é igualmente recomendável, especialmente à noite. “Também é preciso evitar tapetes, objetos soltos pelo chão e qualquer coisa que proporcione tropeços, incluindo animais domésticos”.

Entendendo a osteoporose: 

Por que as mulheres sofrem mais com a osteoporose?
Após os 35 anos, a reabsorção óssea lentamente começa a exceder a formação em todas as pessoas. Para a mulher, a perda óssea é muito maior durante os cinco anos seguintes à menopausa por conta da diminuição da produção do hormônio estrogênio. É por isto que muitas delas fazem a chamada reposição hormonal.

Que especialista pode detectar a osteoporose?
Reumatologistas e ortopedistas, sobretudo ginecologistas, têm papel fundamental na identificação, ainda em idade precoce, de pacientes que fazem parte de grupos de risco e na orientação para mudança de estilos de vida.

Qual é a melhor atividade física para quem tem osteoporose?
A pessoa deve exercita-se respeitando as limitações decorrentes do seu estado. Caminhar de trinta minutos a uma hora, de três a quatro vezes por semana, pode ser o suficiente. Neste caso, natação e hidroginástica não são indicados.

Em que alimentos podemos encontrar boas concentrações de cálcio?
O leite e seus derivados são ricos em cálcio. Para idosos, recomenda-se a ingestão de 1.200 mg a 1.500 mg por dia. Um copo grande de leite, um copo de iogurte ou um pedaço grosso de queijo têm 300 mg de cálcio aproximadamente.

O que é densitometria óssea?
É o exame que detecta a existência e o grau de osteoporose. Ele acontece com a ajuda de um aparelho que mede a massa e a resistência óssea e dimensiona o risco de fratura. O exame é indolor, seguro, dispensa preparos especiais – como jejum, por exemplo – e é realizado em cerca de 15 minutos.
 
 

 

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A saúde está em suas mãos

Angelo Vicente
A Koryo Sooji Chim ou acupuntura coreana nas mãos parte do princípio de que a mão humana é uma micro-representação de todo o corpo.
Derivada da acupuntura chinesa esta terapia surgiu na Korea em agosto de 1971, através do médico Dr. Tae Woo Yoo que identificou na palma e no dorso das mãos um total de 345 pontos energéticos, que estimulados promovem o equilíbrio dos diferentes órgãos vitais.

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Parkinson: entender para cuidar

Keli Vasconcelos
 
Em 1817, o médico inglês James Parkinson descreveu os primeiros relatos da enfermidade considerada a segunda maior doença degenerativa do sistema nervoso, perdendo apenas para o Mal de Alzheimer.

A Doença de Parkinson atinge, em geral, indivíduos acima dos 65 anos. Embora seja confundida como comum em idosos, há casos estudados pela comunidade médica de jovens com o problema, abaixo dos 40 anos, ou com mais de 70 anos.

O Parkinson provoca a degeneração das células cerebrais denominadas substância negra onde são produzidas dopamina (neurotransmissor), condutoras de correntes nervosas ao corpo. Sua diminuição afeta principalmente a parte motora, provocando o chamado tremor de repouso. “A pessoa tem tremores em determinado lado do corpo quando não realiza nenhuma atividade. Por exemplo, ela está sentada no sofá e inicia movimentos com a mão involuntariamente, mas quando pega uma xícara de café, estes cessam”, comenta o neurologista Prof. Dr. Luiz Augusto Franco de Andrade, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). E descreve outros sinais: “O parkinsoniano anda com lentidão (bradicinesia), não movimenta os braços durante esta marcha e encurva o tronco para frente, o que provoca mais quedas, além de ter dificuldades na fala – tende ser mais baixa que a normal (hipofonia) – e na deglutição. Estes sintomas não aparecem todos de uma vez em uma só pessoa; são aspectos gradativos”.

Existem também algumas diferenças em relação a Doença de Parkinson e o conjunto de sintomas crônicos denominado síndrome parkinsoniana. Andrade explica que síndrome pode ser motivada por outras causas, além da própria doença de Parkinson, como ingestão de determinados remédios, questões genéticas, exposição a defensivos químicos e outros agentes externos que provocam as crises às pessoas suscetíveis. Inexatidão também dificulta o diagnóstico do Parkinson, que evolui de forma distinta e precisa de acompanhamento médico prolongado. A doença neurológica não é detectada por meio de exames laboratoriais. “Ela é multifatorial. A idade influencia e pode ser um agente facilitador da Doença de Parkinson, mas há diversas razões que podem também desencadeá-la. Existem cinco genes, por exemplo, capazes de provocar a doença no indivíduo, se este estiver suscetível”, diz Dr. Luiz Augusto.

As terapias preponderantes usadas são as medicamentosas, especialmente que contém na formulação a Levodopa e outras drogas dopaminérgicas. “A substância é um aminoácido que oferta as regiões do cérebro que necessitam deste neurotransmissor e existem também os agonistas dopaminérgicos que atuam como fossem a dopamina”, explica o neurologista.

O tratamento engloba uma equipe multidisciplinar, com fisioterapias, sessões de fonoaudiologia, atividades físicas e procedimentos diversos para diminuir os sintomas.

As intervenções cirurgias, aponta Dr. Luiz Augusto, não são curativas e tem como enfoque a remoção dos sinais, mas a decisão de sua efetuação dependerá do quadro do paciente. “Há mais de 60 anos são feitas operações para a remoção de sintomas da Doença de Parkinson. Estas cirurgias clássicas produzem uma pequena lesão por coagulação em uma região do cérebro e elimina-se o sintoma”, expõe.

Inovações tecnológicas como a cirurgia neurofuncional (Deep Brain Stimulation) para a colocação de eletrodos (marcapassos) em partes do cérebro afetadas pela doença, para o doutor, “são técnicas sofisticadas que devem ser aplicadas conforme a necessidade e a evolução da doença no paciente. Se ele responde bem aos medicamentos, não tem uma necessidade de cirurgia”, conclui.
 

 

   

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Diabetes: uma assassina silenciosa
O mal que já atinge cerca de 200 milhões de pessoas em todo mundo aparece de forma despercebida e acomete jovens, adultos, idosos e gestantes. A grande maioria dos portadores não sabe que tem a doença

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Artrite e Artrose: saiba as diferenças
Confundida por muitos, possuem diagnósticos distintos
e podem ocorrer em todas as fases da vida

 
Keli Vasconcelos

As mais conhecidas formas das doenças reumáticas, a Artrite e a Osteoartrite - nome correto da popular “Artrose” - ainda confundem e assustam muita gente.

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