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Elogio
*O Poder do Elogio*
Uma das maiores formas de demonstrar amor ao próximo é o elogio (Maimonides)
Tempos de quarentena, confinamento, não está fácil para muitos que atendo lidar com o inesperado, imprevisível, novo!
O Milagre das Rosas Pedro Silva Há muito, muito tempo existia uma jovem princesa, conhecida pela sua bondade. Tinha nascido nos reinos de Espanha, mas, quis o destino que o casamento a levasse para Portugal. Naqueles dias a vida era assim mesmo. Os pais decidiam com quem os seus filhos se casariam. E a princesa, cuja beleza espantava todos à sua volta, chorou. Chorou durante uma semana inteira. Ao fim de sete dias, sua mãe, a rainha, veio a seu quarto e perguntou: - Isabel, minha querida filha, porque choras? A princesa disse, baixinho, como num suspiro: - Não queria separar-me de si, minha mãe… Num instante, mãe e filha abraçaram-se, chorando. Naquele instante não eram rainha e princesa. Eram, apenas, dois seres humanos tristes pela separação. Mas o destino tem sempre muita força. E a jovem princesa Isabel foi levada para Portugal. Muitos cavalos puxavam a sua carruagem. A viagem foi rápida mas, ainda assim, a princesa continuou a chorar. O lenço de linho que a sua mãe lhe ofertara estava agora todo molhado das suas lágrimas. Ao chegar ao castelo do seu noivo, o rei de Portugal, Isabel finalmente percebeu que o seu destino não era assim tão infeliz quanto imaginara. Dom Dinis – assim se chamava o seu futuro marido – aproximou-se dela. E disse: - Bem vinda ao meu reino… Fizestes boa viagem? Isabel confirmou que tudo tinha corrido muito bem. De pronto, apaixonou-se por Dinis, também ele muito educado e de maneiras suaves. No dia combinado casaram. Isabel já não chorava. Na verdade o seu rosto não deixava de estar iluminado por um sorriso. O povo português gostava sinceramente dela. E isso fazia sentir-se sempre que passeava nas ruas, distribuindo carinho e felicidade. Grande parte do dia da rainha Isabel era, agora, ocupado a distribuir esmolas aos pobres do reino e a cuidar dos doentes. E o seu marido sentia-se com ciúmes, ao vê-lo passar tanto tempo longe de si. Na verdade, Dom Dinis sentia-se orgulhoso pela bondade da sua rainha, mas… Queria tanto tê-la só para si! Assim, chamou-a e disse: - Proíbo-te de dares mais esmolas. Tal como não acontecia desde que deixara o seu castelo, na Espanha, Isabel voltou a chorar. Passou um dia… mais outro e outro ainda. Ao quarto dia, recordou-se de uma jovem mãe e dos seus quatro filhos esfomeados Isabel havia prometido visitá-la. Vestiu-se rapidamente, cobriu-se com um manto e colocou alguns pães no regaço. Ao chegar ao portão do castelo, seu marido chamou-a. D. Dinis tinha percebido que ela se afastara do quarto de forma sorrateira. -O que levas aí, escondido debaixo do teu manto? Num ápice, Isabel respondeu: - São rosas, senhor! - Rosas? Em Janeiro? – questionou o rei Dom Dinis – Deixa-me ver. Triste, mas conformada, a rainha Isabel baixou os braços, mostrando o que estava escondido no seu regaço. Qual não foi o seu espanto quando verificou que os pães haviam-se transformado em lindas rosas, com uma cor e cheiro que jamais tivera oportunidade de tocar. E o seu sorriso voltou a iluminar sua face. Daí em diante, Isabel passou a ser conhecida por Rainha Santa, coroada pela sua bondade. E jamais deixou de percorrer as ruas distribuindo pães a todos os que tinham fome.
O DESENHO UNIVERSAL COMO PARTIDO ARQUITETÔNICO
O DESENHO UNIVERSAL
COMO PARTIDO ARQUITETÔNICO
Marjorie M. Naddeo
Para a maioria das pessoas maduras, a felicidade é feita de coisas simples, como conviver com outras pessoas no dia-a-dia e manter certos costumes. Um desses costumes é o de permanecer em suas próprias casas à medida que envelhecem, o que nem sempre é possível, pois subir uma escada, tomar banho sozinho e cozinhar passam a ser tarefas complicadas à medida que o corpo envelhece. As tarefas diárias passam a ser um obstáculo. Por esse motivo, acabam mudando de suas casas, o que pode ser uma experiência traumática, já que a residência passa não ser tão segura e confortável.
Ser velho ou ser idoso?
Ser velho ou ser idoso?
Antônio Jordão Netto
Alguém me perguntou outro dia se usar a expressão “ idoso “ em lugar de “velho “ para se referir a pessoas com mais de 60 anos não seria um puro artifício semântico ou um mero eufemismo para camuflar a dura e cruel realidade do envelhecimento humano.
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